domingo, 30 de setembro de 2012

A metamorfose

Peguei uma pereba bicho geográfico no litoral e estou lutando contra essa praga há dias. Duas pomadas depois e alguns comprimidos parecia que já  começaria a ganhar essa batalha.
 
Perdi noites de sono por causa do incômodo e da coceira e, para completar, com os oito graus que fizeram por aqui, minha sinusite resolveu ter ataques de estrelismos.
 
Para sarar a dor de cabeça e a náusea que a sinusite me causa, comprei um remédio para gripe receitado pelo balconista da farmácia (imprudência, a gente vê por aqui) e bastaram duas doses para eu me transformar (desculpa aí a heresia) no próprio elefante rosa do budismo. Rosto rosa, pescoço e colo, orelha direita inchada, nariz e boca. Pernas, barriga e braços coçando tanto que minha pele ficou destruída.
 
Sou louca, mas não sou burra. Como passei o finde sozinha com o Dante e ficaria difícil procurar socorro, suspendi todos os remédios e minha irmã do nada me ligou (intuição, eu acho) e me receitou por telefone um anti-alérgico tão poderoso que em meia hora meu rosto começou a desinchar.
 
Só que deixei em estado de alerta minha família, moblizamos meio mundo e, apesar de ter achado ruim na hora e ter dado bronca, tia Idi localizou um amigo médico que mora nessas bandas e veio me fazer visita.
 
Como depois da tempestade vem a bonança, vovó M. chega hoje. Também recebi a visita do amigo e combinamos de nos encontrar em breve e o melhor, tia Idi, do jeito dela, deixou um sinal do mais puro amor fraterno. Obrigada, irmã. Peço desculpas públicas pela teimosia e ingratidão.
 
E, para todos nós, uma semana tranquila e cheia de alegrias. Beijolas.