Fez calor ontem nesta terra abençoada. Daqueles. Chegamos da consulta e planejava fazer Dante comer suas duas colherezinhas de comida feita no capricho pela mamãe aqui e depois dar um banho para chamar o soninho.
Mas ele ouviu em uma conversa minha com a Mazé, minha heroína do lar, a palavra-chave "banho" para começar "é bão, é bão". Pegou duas bacias na lavanderia, colocou-as no chão da cozinha, entrou em uma delas "é bão" "é bão". Fiquei com dó. Vai vendo a personalidade persuasiva, teimosa, tenaz desse pequeno ariano.
Larguei meu almoço pela metade (bem light, inaugurando nova fase...rs) e fui dar um banho caprichado e cheiroso com direito a brinquedinhos, musiquinha e tempo extra na banheira porque, vocês se lembram, estava quente.
Troquei a roupinha, penteei os cabelos rebeldes, levei-o para a sala e estava eu retomando meu prato frio (feijão duro, salada murcha, glamour total), quando estranhei o silêncio e fui dar uma conferida. Fui encontrá-lo sentadinho na banheira molhado até os ossos, morrendo de rir da minha cara, com expressão de triunfo.
Pergunto o que eu fiz:
a) Sentei-me à beira da banheira e chorei;
b) Aproveitei e coloquei o conselho da médica em prática, aplicando-lhe um castigo;
c) Segui a máxima do que não tem remédio, remediado está e deixei mais cinco minutinhos na banheira e depois tirei toda a roupinha, a fralda encharcada e reiniciei o processo.
Dou um doce pra quem adivinhar.
Beijolas.