quarta-feira, 25 de maio de 2011

Carinho de vovó

Dizem que nasce com a maternidade o sentimento de culpa. Eu que sempre fui uma culpada neurótica, sofrendo até pela vergonha alheia, ou falta dela, a quem interessar possa, estou carregadinha de culpa por deixar o Teteco tantas horas para poder cumprir minha carga horária extensa.
Ele agora fica com a vovó Z. Dispensei a babá e deveria ter feito isso há muito tempo porque amor de avó não tem igual. Desisti da creche por enquanto, após visitar várias e verificar que a ideia de depósito de criança permanecia em mim ao conhecê-las.
Não critico quem opta por uma escolinha (cada um conhece sua realidade e se adapta a ela), mas para mim não deu. Mudando de endereço, de preços, as creches tinham em comum (infelizmente) a ideia do confinamento dos pequenos em uma sala pequena, cercada, com algumas monitoras apáticas e muitas crianças no mesmo espaço.
Eu que prezo pela liberdade, que sou contra qualquer cerceamento dela, jamais permitiria sem ter ainda mais culpa, que Danteco passasse boa parte do seu dia confinado feito um bezerrinho no cercado.
Esse drama todo é na verdade pra dizer que meu filho nunca esteve tão feliz como na casa dos vovós. Está falante, cheio de gracinhas. Aprende coisas novas todos os dias. Está até cantando dois fragmentos musicais, com uma cor saudável e uma habilidade motora bem desenvolvida.
Vovó Z. passeia ao sol com ele, conversa com os vizinhos, educa, apresenta novos bichinhos e ele está tão em paz que não chora quando o deixo lá e ainda me dá tchauzinho ao me ver entrar no carro.
Obrigada, vovó Z. e noninho, por tanto amor e cuidado pelo meu pequeno.

Não sei a quem puxou, mas olhem a dancinha...rs
Beijos, gente. Aproveitem esse mês lindo que já está no fim.